Hoje, dia 23 de Março de 2025, comemoramos o Dia da Libertação da África Austral, um dia consagrado para homenagear os bravos e corajosos heróis e heroínas da nossa região, que sacrificaram as suas vidas para conseguir a nossa independência, liberdade, democracia e soberania.
Ao comemorarmos este evento anual, reflectimos profundamente sobre a nossa posição no contexto da nossa luta histórica, cujo objectivo era dar-nos a propriedade plena dos meios de produção nas nossas economias e, consequentemente, sermos donos do nosso destino, bem como restaurar a nossa dignidade.
Assim, exorto todos vós, enquanto povos independentes da SADC, a permanecerem vigilantes e atentos aos desafios emergentes que ameaçam a nossa independência duramente conquistada e a estabilidade geral da nossa região. Devemos, por isso, ser solidários contra a imposição de sanções ilegais e injustificadas, a utilização de medidas coercivas ou quaisquer outras acções que ponham em causa a nossa soberania e integridade territorial.
Neste dia histórico, recordamos também os nossos irmãos e irmãs da República Árabe Saharaui Democrática, a quem continua a ser negado o direito de determinar o seu próprio destino. A África não será livre enquanto o Sahara Ocidental não for libertado, livre e independente.
A SADC continua a ser uma região relativamente calma e pacífica. Estamos orgulhosos por isso. No entanto, reitero o nosso apelo a uma paz duradoura na parte oriental da República Democrática do Congo (RDC). A situação no Leste da RDC mina as aspirações que nos foram legadas pelos nossos pais fundadores e delineadas na Visão 2050 da SADC. Chegou o momento de “calar as armas”, de diminuir as tensões e as hostilidades e de encetar o diálogo para garantir resultados mediados e uma paz duradoura na RDC.
Caros cidadãos da SADC,
A nossa região tem sido muito afectada pelos desastres recorrentes induzidos pelas alterações climáticas, com consequências de grande alcance para as nossas populações, economias e ambiente. Os padrões climáticos extremos resultaram em secas e inundações frequentes e graves, ameaçando a segurança alimentar e os meios de subsistência em toda a nossa região. É nossa responsabilidade colectiva tomar medidas decisivas para mitigar e gerir os efeitos destes desastres naturais.
Para o efeito, nunca é demais sublinhar a necessidade de reforçar as nossas capacidades de aviso prévio e de criar resiliência, tirando partido da utilização da ciência, da tecnologia e da inovação.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para galvanizar todos os cidadãos da SADC a unirem-se para o bem das gerações actuais e futuras. Apelo a cada um de nós, onde quer que estejamos, para que nos mantenhamos vigilantes na salvaguarda do nosso rico património de libertação, da nossa soberania colectiva e da nossa integridade territorial.
A SADC moderna, industrializada e integrada que “todos queremos” será concretizada através de trabalho árduo e honesto, concentração, empenho, unidade de objectivos e determinação colectiva. Só nós, os cidadãos da SADC, poderemos construir e transformar a nossa Região.
Em conclusão, desejo à família da SADC um dia abençoado, pacífico e comemorativo da libertação.
Viva a nossa solidariedade,
Viva a nossa independência, liberdade e soberania,
Muito obrigado!